“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?
E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Como são belos os pés dos que anunciam boas-novas!” Rm 10.14-15.
Esse texto bíblico, onde Paulo faz uma breve abordagem sobre o desejo de ver seu povo sendo alcançado pelo evangelho, contém quatro perguntas desafiadoras e que devem nos levar a mais profunda reflexão.
O Apostolo faz uma afirmação muito conhecida a todos nós no versículo 13, “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”, e essa afirmação
serve como base para os questionamentos nos versículos seguintes. A primeira pergunta de Paulo surge então: “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram?”. Crer com o coração e confessar com os lábios são os dois elementos que a Bíblia afirma como necessários para que o homem alcance a justificação e a salvação em Cristo. Isso a maioria de nós cristãos sabemos, mas, tal questionamento leva a um segundo nível de pergunta e de responsabilidade.
A segunda pergunta: “como crerão naquele de quem não ouviram falar?”. Como alguém pode crer se não escuta a pregação do evangelho? É certo que a Bíblia diz que a criação fala por si só sobre a existência de um Deus criador, mas, o evangelho, a Palavra de Deus, é a ferramenta dada por Ele ao homem para revelar toda a sua essência, seus planos e propósitos. O evangelho revela o meio de escape para livrar a humanidade do seu maior mal, o pecado, e para alcançar a vida eterna através de Cristo Jesus. Cristo é a pessoa de quem precisamos falar. Aliás, evangelho não é sobre bênçãos, prosperidade, ser, ter. Evangelho é sobre Cristo. Ele é tudo em todos e o tema central da nossa mensagem deve ser sempre Jesus.
A terceira pergunta vem à tona: “E como ouvirão, se não houver quem pregue?”. Esse questionamento pode nos levar a muitas outras perguntas desafiadoras: a quantas pessoas temos falado de Cristo? Qual foi a última vez que anunciei as boas novas a alguém? Levar as boas novas tem sido o meu maior propósito como cristão? Também nos leva a entendermos como fomos agraciados por Deus com a tão sublime tarefa de pregarmos e testemunharmos daquilo que temos recebido, de falarmos da água que bebemos e que pode saciar a sede de todo aquele que dela beber.
Eu e você querido, somos chamados para fora, chamados para pregarmos o Cristo crucificado e que ressuscitou e não devemos deixar de cumprir esta missão no templo, nos nossos Gvs, trabalho, faculdade, enfim, onde estivermos.
A quarta pergunta surge e com ela uma afirmação a respeito dos que cumprem essa missão: “E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Como são belos os pés dos que anunciam boas-novas!”. Você é um enviado meu irmão. Eu sou um enviado. Jesus disse aos seus discípulos e a todos nós: Ide. O ide é para aqueles que pregam em missões transculturais, nacionais, regionais, urbanas. O Ide é para todos! Lembro-me de um pequeno hino que cantava quando criança, especialmente nas Escolas Bíblicas de Férias que participava, que dizia assim: Posso ser um missionariozinho e falar de Cristo ao companheirinho. Posso trabalhar em minha terra. Manda-nos pois Senhor!
O Senhor já nos comissionou, meus queridos, vamos pois trabalhar enquanto é dia, pois a noite vem, quando ninguém mais pode trabalhar.
Pr Marcelo Santana